O líder e a autoliderança

 

 Abordar sobre liderança é uma retórica constante que levam cada vez mais pessoas a estudar e disseminar o tema. Consultores e pesquisadores apregoam as novas abordagens de liderança como condição sine qua non para gerir pessoas, administrar conflitos e relações inter e intrapessoais no contexto das organizações. Não obstante, discorrem que liderar é mais do que ter competências técnicas, é sim, ter habilidades e atitudes que tornam um indivíduo um líder invulgar. E como conseguir ser um líder invulgar, resiliente, com “musculatura emocional” para lidar com sabedoria diante das situações mais adversas e inesperadas?

Penso que, liderar pressupõe autoliderança, gerir a própria mudança, o que implica libertar-se do “conforto do desconfortável” e atirar-se algumas vezes na incerteza, no novo, no autoconhecimento. Mais do que desenvolver habilidades de lidar com os outros, é lidar consigo mesmo.  Entender, compreender, reconhecer as próprias limitações, lidar com os próprios conflitos, administrando esses “terroristas internos” que em muitos momentos cegam a nossa capacidade de identificar, reconhecer e acessar nossos recursos para alcançar objetivos mais latentes. Em geral, nos focamos no ambiente, nas pessoas, nas situações buscando exímia liderança e esquecemos de olhar para si mesmo.

Questiono-me como é possível arrastar multidões, influenciar, emocionar, envolver, acolher os colaboradores se o líder não acolhe, não aceita a si mesmo? Vale fazer uma reflexão para compreendermos o cerne da questão. E refletir com emoção, percebendo as sensações e o que é dito pra si mesmo cotidianamente. Acredito que isso possa contribuir para a descoberta de si mesmo, percebendo como emoções, pensamentos e ações se coadunam em prol de um maior propósito e assim, incitar na equipe motivação, alegria, entusiasmo, gratidão e vontade de fazer e realizar.

Refiro-me às diversas equipes: do lar, da empresa, e em qualquer contexto. Praticar a liderança começa com a pessoa que está mais perto de si, que é ela mesma.

Os valores primordiais estão sendo violados por conflitos, espírito de competição desenfreada, desarmonia familiar, crime ambiental, e aos poucos, alguns sucumbem. Contudo, não podemos deixar-nos obscurecer por tais eventos. O líder é tido como modelo, como exemplo e seus sentimentos e pensamentos, cada uma dessas ondas atrai dezenas de milhares de outras ondas que se comunicam mutuamente e provocam ressonância nas equipes e pode mover o mundo. O valor de grandes líderes da historia da humanidade, foi determinado pela maneira com que influenciaram as outras pessoas. Desta forma, é relevante que o líder tenha sempre pensamentos elevados, norteado por 100% de entusiasmo para alcançar auspiciosos acontecimentos.

Tereza Cristina S. Gomes

Consultora e Trainer em Liderança e Motivação

Trainer e Master Practitioner em PNL

Líder Coach

 

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